domingo, 10 de outubro de 2010

Sobre a primeira semana de aulas

Como eu previa, tenho sido uma mãe desnaturada para esse blog. No olho desse furacão de novidades, nunca consigo arrumar uma tempo de tranqüilidade para atualizar isso aqui. Por isso, já deixei de contar todas as aventuras e desventuras da minha viagem com Mari pela Bélgica, Holanda e Alemanha, além dos últimos acontecimentos em Brno. Com a promessa de ainda escrever sobre isso algum dia, pulo logo para o relato desta última semana, que foi a minha primeira semana de aulas!

Acordei super cedo na segunda (5 e meia da manhã), antes mesmo de o sol aparecer, pois não sabia ao certo chegar ao hospital onde tenho as aulas e não queria me atrasar logo no primeiro dia. O Lucas, um brasileiro super querido, acordou cedinho também e bateu aqui na porta com um café quentinho pra mim! Tinha checado no mapa o caminho: pega o tram 1 até a Mendlovo náměstí (apenas uma parada de distância) e depois mais uma parada no tram 5, 6 ou 7. O percurso é super rápido, eu demoro mais tempo pra descer a maldita ladeira de Vinařská (minha residência) até o ponto do tram. Tava bem frio e eu saí toda agasalhada. Cheguei fácil ao hospital, mas descobri que ele é bem grande, com vários blocos... e as senhoras da recepção (pra variar, tsk tsk) só falavam tcheco! Resumindo a saga, rodei por quase 40 minutos até chegar à secretaria, onde me entregaram um mapa do hospital, uma chave do armário, um cartãozinho para os professores assinarem a frequência e o programa das duas semanas de aula desse módulo (Internal Medicine – block 3, que consiste em endocrinologia e reumatologia). Depois, parti em busca do lugar onde ficam os armários, lá no lado oposto ao que eu estava. Achei o local, deixei meu casaco, vesti o jaleco, peguei meu caderninho lindinho feito por tia Doda, e fui procurar o ambulatório onde teria a aula prática.

É sempre assim: na primeira metade da manhã temos aula prática, cada dia em um setor diferente, e na segunda metade temos “lectures”, que são aulas teóricas. Na prática, ficamos divididos em dois grupos. O meu (30A) só tem portugueses: são quatro meninos (Francisco, Rui, Paulo e outro Rui) e uma menina (Inês). Os meninos são muito divertidos, passam o tempo inteiro fazendo brincadeiras! Teve um dia que eles começaram a brincar de detetive, assassino e vítima (aquela brincadeira de piscar o olho) no meio da discussão de caso! E na quarta-feira eles me fizeram uma surpresa: colocaram aquela música “Seu guarda eu não sou vagabundo, não sou delinqüente, sou um cara carente, eu dormi na praça pensando nela” e começaram a cantar e dançar pra mim! Eu morri de rir e disse que essa música já está ultrapassada! Outro dia eles chegaram cantando Natiruts e “quem é o gostosão daqui, sou eu, sou eu, sou eu” (KKKK!). Nos primeiros dias eu não conseguia entender nada do que eles falavam, apesar de termos o mesmo idioma, mas agora já estou me acostumando com o sotaque e a fala rápida deles. Além disso, eles gostam de tirar onda e falar “brasileiro”, imitando um sotaque meio carioca, que fica muito engraçado.

As aulas teóricas estão sendo super tranqüilas pra mim. Os professores, por serem tchecos, não têm um inglês muito perfeito e às vezes nós temos que ajudá-los com o vocabulário. Esta semana tivemos lectures sobre insuficiência renal crônica, hipertensão, diabetes, doenças reumáticas, doenças endócrinas e hemodiálise. Fiquei meio confusa com a misturada de temas, pois pensava que esse módulo seria apenas sobre endócrino e reumato, mas pelo visto os módulos de Medicina Interna são assim mesmo. Minha maior dificuldade está sendo nas aulas práticas, pois os pacientes só falam tcheco! Os portugueses conseguem falar e compreender um pouco de tcheco, então eles que colhem a história do paciente e sempre fica alguém traduzindo pra mim. Depois discutimos o caso com o professor em inglês. Vimos diversos casos diferentes durante a semana, tanto em ambulatório e enfermaria quanto em UTI. Acompanhamos 2 ECOS e uma hemodiálise e discutimos vááááários ECGs (meu deus, o módulo optativo de cárdio não me serviu de nada, pois não lembro necas de pitibiriba de ECG).

Além dessa rotina durante as manhãs, tenho também outra lecture na terça à tarde sobre Neurologia. Pelo que eu pude observar essas aulas da tarde não são obrigatórias, portanto quase ninguém vai. Esta semana só tinham 5 pessoas, contando comigo! O tema foi Miastenia gravis e eu achei bastante interessante. Esta aula é em outro hospital, vizinho ao campus novo da Faculdade de Medicina, que creio ser o HU deles. É gigante, tem uns 13 andares! Cada dia me surpreendo mais com a estrutura que eles têm aqui! Fico até com vergonha do nosso HU... Sem falar na biblioteca de medicina (apenas uma das várias bibliotecas da universidade)! Eu poderia morar lá dentro! É enorme, com uma quantidade absurda de livros (não como a nossa, que só tem alguns livros a mais para os alunos levarem pra casa, o que gera aquele tumulto no começo do período). E as mesinhas de estudo? Super confortáveis e iluminadas! Além dos computadores com acesso a internet. Imagino que vou sofrer quando voltar pra nossa realidade aí...

Por enquanto é isso! Este módulo termina na próxima sexta, com uma prova. Passei o fim de semana estudando, mas ainda falta muita coisa! Espero que eu me saia bem.
Muita saudade de todos! Beijinhos!

[Eddie – Danada]

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Sobre um passeio pelo centro de Brno

Nossa, isso aqui já tava até ficando meio empoeirado... Confesso que, em parte, por preguiça minha. Mas é que tenho tantas novidades que seria preciso muito tempo e disposição pra escrever! Er... a minha capacidade de síntese é meio limitada, como vocês já devem ter percebido. Enquanto isso, posto os links de alguns vídeos filmados no meu terceiro dia aqui em Brno, quando saí com a Kátia e o Mathias pra resolver as burocracias da chegada. Nesse dia também conheci a minha tutora, que é uma estudante tcheca que ficou encarregada de me ajudar com qualquer coisa que eu precisar. O nome dela é Lucy e, pasmem, ela sabe falar português! Quando filmamos, ela não estava mais conosco, mas vocês a verão em breve por esta página. Nos vídeos vocês poderão conhecer um pouco do centro da cidade, que eu acho muito lindinho. É lá que fica a Faculdade de Medicina. Por hoje é só! Beijinhos!

[Fino Coletivo - Batida de trovão]









sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Sobre a primeira cerveja tcheca

Finalmente provei uma das tão famosas cervejas tchecas! Escolhi para o pontapé inicial uma Pilsen, lógico, já que estou no país considerado o berço deste tipo de cerveja. E, como não poderia deixar de ser, a marca selecionada foi a Starobrno, de uma cervejaria de longa tradição que fica em Brno, a cidade que estou morando. 



O local onde decidi bebê-la é que foi meio duvidoso: um pub perto da residência da universidade. A porta do recinto dá direto pra uma escada e, lá embaixo, você se depara com paredes-teto em forma de arco, literalmente um buraco. Mesas e  bancos de madeira, bem grandes, não mais que oito. No ar um heay metal endiabrado e sentadas umas figuras de cabelo comprido, roupas pretas e bigodões. Estávamos eu, a Kátia, o Daniel (outro brasileiro) e o José (pronunciem Rosé), um boliviano que conhecemos neste mesmo dia. Na verdade, já tínhamos nos aventurado ali uns 2 dias antes, mas o lugar estava lotado e nós carregávamos sacolas do supermercado e estávamos bem empacotados devido ao frio (enquanto eles usavam bermudas!), o que chamou a atenção de todos e nos deixou bastante envergonhados. Portanto, era quase uma questão de honra voltar lá e tomar alguma coisa! Sentamos numa mesa próxima ao balcão e esperamos pra ver se alguém vinha na nos atender. O Daniel, como bom estudante de letras que é, já manja tudo de tcheco, quero dizer, tudo que um brasileiro tem que aprender em 1 semana neste país: "Pivo , prosím", que significa "Cerveja, por favor". E assim chegaram 4 canecas de 500mL na mesa. 


Não sou assim tão entendida em cervejas, mas me considero uma boa apreciadora! Hehe! Ela estava gelada, embora não estupidamente, o que foi ideal pra sentir melhor o sabor. Achei-a suave e refrescante. Bebemos devagar, conversando sobre as nossas primeiras impressões de Brno e as expectativas pros próximos meses. Após tirar algumas fotos pra registrar o momento, a Kátia desistiu da sua caneca e eu tive que assumí-la. Claro que não reclamei! 



Quando só restávamos nós no pub, decidimos contar as moedinhas (23 coroas tchecas  por cada caneca = 2 reais e 8 centavos) e ir pra cama. Foi uma noite bem agradável, em boas companhias e recheada de gargalhadas!

[Mombojó - Passarinho colorido]

terça-feira, 31 de agosto de 2010

Sobre a minha nova casa

Vinařská 5, 603 00 Brno. Esse é o meu novo endereço. Aqui têm 3 prédios pra acomodar os estudantes da universidade, além de um hotel. Meu apartamento fica no piso -1, ou seja, no primeiro piso do basement. S124, segundo o chaveirinho. A Kátia, minha roommate brasileira, foi logo avisando que o nosso quarto era ruim e que o do Mathias, nosso vizinho e também brasileiro, era bem melhor, todo reformado. Eles chegaram alguns dias antes de mim, e já tinham até feito uma limpeza, porque o quarto estava todo empoeirado. Minha rinite alérgica ficou em alerta! O banheiro aqui é meio estranho: o chuveiro e o vaso sanitário ficam em locais separados. Achei super interessante pra quem divide apartamento, afinal ninguém toma banho e faz cocô ao mesmo tempo! Hehehe! Mas olha que coisa bizarra: a pia fica dentro da banheira, ou seja, separada do vaso sanitário... isso é estupidez! Você usa o vaso e depois tem que sair de uma porta e entrar em outra pra lavar as mãos. E, se seu colega estiver tomando banho, você tem que lavar a mão na cozinha. Coisas de tcheco...


Tirando as duas partes do banheiro e a cozinha, que estão em um estado deplorável, o resto do quarto é legal! Embora eles ofereçam os lençóis e o travesseiro, achei melhor comprar tudo novo, porque sei lá a procedência desses troços! O mais engraçado foi carregar esse travesseiro de 90x70cm no ônibus!


Por enquanto eu e Kátia estamos usando o banheiro e a cozinha do Mathias, já que o colega de quarto dele ainda não chegou, mas não sei como as coisas serão nas próximas semanas. A nossa missão é conseguir mudar de quarto, o que não será fácil. Vamos usar de todo o charme brasileiro pra ver se sensibilizamos a tal da Mrs Jánska, a responsável pela residência. Como isso pode demorar e estava impossível viver aqui com 4 malas gigantes abertas no meio do quarto, fizemos uma super faxina nos armários pra colocar as roupas. Tão vendo como estou uma menina prendada? Fazendo faxina e tudo! Meu dote deveria até aumentar agora!


 Aos poucos vamos transformando esse apartamento em um lar. Coloquei várias fotos pra estar sempre vendo vocês e tentando silenciar essa saudade que grita aqui no peito!
Até mais, pessoal!

[Seu Jorge & Almaz - Tudo cabe num beijo]

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Sobre como mandar mensagens pra mim

Hoje eu comprei um celular tcheco e descobri como vocês podem fazer pra me mandar mensagens. Aí vão as instruções! Primeiro entrem no site http://www.vodafonesms.cz/index.php?locale=en e na parte "send to number" coloquem 776708381. Depois assinem na parte "your name". Não é preciso preencher a parte "your number". Em seguida, escrevam a mensagem no step 2. Daí basta digitar os números no lado direito da tela (step 3) e clicar em "send". Prontinho!

Sobre a ausência de fotos

Ah, antes que alguém reclame, não tenho fotos da viagem, porque a câmera estava descarregada. Mas, pra que vocês possam ter certeza de que continuo inteira, posto estas fotos minhas e da Kátia nos divertindo com os chapéus da C&A daqui (pois é, aqui tem tb!).

Sobre a viagem

Finalmente cheguei em Brno, após umas 32 horas de viagem. Vou resumir um pouco da odisséia pra vocês, curiosos de plantão! De João Pessoa pra Guarulhos houveram muitas turbulências no meu coração, uma chuva fina e insistente nos meus olhos, mas sobrevivi. De São Paulo pra Frankfurt garanti meu espacinho no céu: troquei duas vezes de poltrona, atendendo a pedidos de famílias e casais de namorados que queriam ficar juntos, e acabei ao lado de um bebê! Isso é uma das piores coisas que podem acontecer durante um vôo, principalmente quando ele terá cerca de 12 horas de duração. Resultado: muita paciência e pouco sono. Pelo menos o  super avião high tech tinha uma televisão pra cada passageiro com várias coisas interessantes pra ver. Assisti Alice do Tim Burton e lembrei muito da minha querida Turma do Meio. Depois vi um filme  chamado Temple Grandin, sobre uma autista que se forma em engenharia e vira especialista em comportamento animal (recomendo pra Lucas). No resto do tempo fiquei jogando bejeweled e ouvindo The Killers. Cheguei em Frankfurt parecendo uma zumbi, com olheiras de assustar criancinhas fofas, loiras e de olhinhos azuis. Fiquei perdida durante 2 horas naquele maldito aeroporto gigante (tem até metrô de superfície pra ligar um terminal ao outro) até encontrar pessoas legais que me ajudassem a achar o local onde eu deveria fazer o check in. Porém, contudo, todavia, não havia nenhum funcionário lá, pois ainda faltavam umas 5h pro meu vôo. Pensei em explorar um pouco mais o aeroporto, mas fiquei com medo de me perder novamente, por isso resolvi sentar num local próximo e ler. Quem disse que eu consegui? Fiquei fascinada com a diversidade de pessoas que passavam pela minha frente! Gente de toda  nacionalidade, falando as línguas mais estranhas e vestindo as roupas mais engraçadas. Meu passatempo foi tentar adivinhar de onde elas vinham ou para onde iam e por quais motivos. Logo chegou a hora de embarcar. Bem, até aqui tudo foi lindo e maravilhoso, mas se preparem porque agora começa o drama da história. O vôo pra Praga atrasou e, qd eu lá cheguei,  o ônibus que deveria pegar pra Brno já tinha saído. Por incrível que pareça, não me desesperei. Já estava conformada que alguma coisa ia dar errado em alguma hora, tava tudo muito perfeitinho pra ser verdade! Fui procurar informações pelo aeroporto e aí começa a minha primeira impressão dos tchecos: chatos. Quando não sabiam falar inglês, logo se negavam a ajudar, e quando sabiam falar inglês explicavam tudo com muita impaciência. Já estava aceitando a idéia de passar a noite deitada em cima das malas no aeroporto quando resolvi pedir informação pra mais uma pessoa que (aleluia!) foi super simpática e me disse que eu deveria pegar um táxi e tentar alcançar o ônibus em uma outra estação. E lá vai Lila e suas 3 malas, que juntas pesavam uns 63 kg, pra essa tal estação. O motorista do táxi me deixou numa calçada e me apontou a direção. Lá fui eu arrastando as malas e abrindo portas, subindo escadas e arrastando as malas, arrastando as malas e errando o caminho, procurando informações e arrastando as malas... Conclusão: ser uma intercambista perdida sozinha na europa com várias malas pesadas é melhor do que qualquer academia! Pensam que algum tcheco se ofereceu pra me ajudar? Nunca! A única alma gentil foi um cara de Camarões que mora na Alemanha e veio puxar conversa e me ajudar a arrastar as malas. Ficamos conversando num inglês misturado com alemão misturado com linguagem de sinais até o ônibus dele chegar. O meu chegou pouco depois, e fui novamente arrastar as malas... pro lugar errado! O senhorzinho da empresa do ônibus começou a reclamar comigo em tcheco e eu não entendi nem meia palavra do que ele disse. Depois que todos tinham entrado no ônibus, eu entendi que deveria colocar as malas no outro lado e... quem disse que ele me ajudou a arrastar? Jamais! Ficou olhando pra mim com a cara amarrada. Quando finalmente sentei na minha poltrona e começou a passar O Espanta-Tubarões (com opção em inglês! ufa!) e uma mocinha passou oferecendo cappuccino de graça eu recuperei o bom humor. Tudo estava escuro, portanto não consegui observar a paisagem durante a viagem. Cheguei em Brno às 3h da madrugada e peguei um táxi pra residência da universidade. Ao chegar aqui, deparei-me com mais uma tcheca na recepção, que não sabia nadica de nada de inglês. Nessa hora comecei a me revoltar: como diabos colocam uma criatura que não fala nada de inglês na recepção de um alojamento pra estrangeiros??? E a cerejinha do topo do meu sundae de azar foi a infeliz coincidência de haver uma outra pessoa com chegada prevista pra o mesmo dia que eu e com o sobrenome Domingues. A moça da recepção se confundiu toda, queria me colocar em um hotel e me fazer pagar num sei quantas mil coroas tchecas e, o pior, ARRASTAR AS MALAS PRA OUTRO LUGAR! Mas então meu anjinho da guarda acordou e trouxe a Kátia (minha roommate) e o Mathias, os outros brasileiros que já haviam chegado. Eles me ajudaram a explicar a situação toda. Enfim, a moça entendeu que haviam dois Domingues diferentes e me deixou ir pro quarto certo. Nossa, eu estava exausta! Mas fiquei tão empolgada de encontrar a Ká e o Mathias que o sono passou e ficamos conversando até amanhecer! E assim terminou o primeiro de muitos capítulos desta saga. Tentarei ser mais breves nos demais, prometo! Muitas saudades de todos!

[The Script - The man who can't be moved]

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Era uma vez...

Eu nunca tive um diário. É fato que isso não é comum pra uma menina. Em todos os meus aniversários até uns 12 anos de idade eu ganhava um caderninho ou agendinha com essa finalidade, mas eles só serviam pra ocupar espaço na gaveta. Pra que serve um diário? Pra colocar meus segredos e correr o risco de alguém ler e descobrir? Pra escrever os momentos marcantes que poderia esquecer? Mas se tivessem sido mesmo tão marcantes eles já não estariam guardados na memória? Sempre achei que o tempo gasto enquanto se escreve um diário é tempo desperdiçado em viver novas coisas! Talvez por isso nunca tive interesse em fazer um blog. E cá estou eu, escrevendo em um. Contraditório, talvez...